A síndrome do pânico normalmente ocorre em pacientes ansiosos. Quando, por alguma razão, como problemas financeiros, familiares, estresse, perdas, entre outros, essa ansiedade se torna grande e incontrolável, começam a surgir sensações físicas muito desagradáveis na forma de crises: os ataques de pânico.
Essas crises podem ocorrer em momentos totalmente aleatórios, por exemplo em casa, no restaurante, no carro e até dormindo. São tão intensas e devastadoras que em geral causam a sensação de que algo terrível está acontecendo. Não é infrequente ouvir dos pacientes: "parece que vou morrer!".
Os sintomas mais comuns são: batedeira, falta de ar, sensação de aperto no peito ou sufocação, nó na garganta, tonturas, sensação de atordoamento ou desmaio, formigamentos em mãos, boca e pés, palidez cutânea, náuseas, diarreia, desconforto gástrico.
Cerca de 70% dos casos da síndrome acontecem entrem mulheres, principalmente jovens na faixa dos 15 aos 25 anos. Porém podem ser acometidos ambos os sexos, de todas as idades, e até crianças!
Quando esse transtorno se inicia, em geral os pacientes passam por uma saga enorme até chegar a mim. Por acharem que uma doença muito ruim possa estar acontecendo, costumam procurar Clínicos, Cardiologistas, Gastros, entre outros, sendo o Psiquiatra o último da lista!
O fato de não apresentarem nenhum exame alterado faz com que pensem muitas vezes: "então isso é da minha cabeça?" ou "estou ficando louco?". A realidade, no entanto, é que a ansiedade ou estresse em níveis exagerados faz mudanças químicas importantes no eixo hipotálamo hipofisário do cérebro, e essas alterações são as responsáveis pelas crises, que são totalmente genuínas (e nada têm de inventadas!)
A boa notícia é que a síndrome tem tratamento, em geral com a combinação de Psicoeducação, ou seja, o conhecimento do transtorno e de como ocorrem as crises, Psicoterapia e medicamentos. Com o tratamento adequado é possível em bem pouco tempo controlar essas crises e fazer com que elas desapareçam, restaurando a qualidade de vida!